sábado, 15 de maio de 2010

Eu e o Poema



Sempre  gostei de  brincar de ser poeta, mas  ultimamente  ando  séria, sem muita  inspiração.  Ontem li  um poema delicioso,  publicado no  Dalla Blog,    que  fala  do distanciamento  e  reencontro  do poeta   com a  poesia. 

O poema  está em tudo,  a  vida  é cheia de poesia e  quem  tem   olhos para  ver  e coração para  sentir  percebe como tudo está  impregnado de poesia. Hoje  mesmo,  numa  tranquila  tarde de  sábado,  enquanto  mergulhava na piscina olhei em volta  e  vi  tanta  poesia!  Uma linda  rosa  na roseira, o jasmineiro em flor,  alguns pardais  nos fios da  rede elétrica, outros  em gorjeios de alegria. E  o céu ... ah o  céu! Como é belo e poético o  azul do  céu! Olhei para dentro de mim e percebi que o poema  está lá, escondido, mas   não quer  se mostrar.

O certo é que  eu gostaria de  reencontrar  minha  inspiração poética, mesmo que  faça  rimas  pobres,  sem  métrica, mesmo que  a  poesia seja um lugar comum,   que  fale do sentimento mais  banal . Mesmo assim quero  continuar a  ter alma de poeta.

Desencontro

Eu queria fazer poesia  no meu dia-a-dia
Brincar com poemas
nas horas amenas
Rimar alegria com sabedoria

Na verdade eu queria  fazer poesia
de  noite e de dia
Pegar o poema na flor da  açucena
Na brisa do mar, na pureza do olhar


Mas hoje, que pena...!
Meu poema se  escondeu
Fugiu...para onde?
Procuro  em todo lugar não encontro
O poema e eu
  Total desencontro.



Por Tânia Regina Sousa , em  maio de 2010

Poesia  registrada no Literar.Org

Imagem encontrada aqui


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